A relação política entre o prefeito de João Pessoa, Cícero Lucena (MDB), e o governador João Azevêdo (PSB), parece ter chegado em um desfecho dramático. Apesar da consolidação do rompimento político entre os gestores, há aproximadamente dois meses João já decretava não querer o voto de Cícero na disputa em 2026.
À época, após o prefeito sair do Partido Progressistas (PP) — sigla que integra o grupo governista — e iniciar diálogos com legendas da oposição, Azevêdo avaliou como insustentável Lucena garantir apoio estando em um palanque adversário.
Mesmo após esse posicionamento, Cícero manteve declarações públicas de voto à pré-candidatura do governador ao Senado Federal nas eleições de 2026. No entanto, o cenário teve uma reviravolta quando, nesta terça-feira (28/10), o prefeito abandonou a tese de voto em João ao dizer: “Se ele não aceita meu voto, obviamente não tenho como votar nele se esta for sua oposição. É um processo natural. Se ele não quer, você votaria em quem não lhe quer?”.
A entrevista de João Azevêdo foi dada ao @portaldacapital no dia 05 de setembro deste ano.
“Não existe essa coisa de aceitar ou não aceitar o voto. Existe a possibilidade real de ter apoio ou não ter apoio. Não existe dois cantos, você não vai estar no palanque fazendo pedido para adversário em cima do palanque, gente. Vamos raciocinar. Evidente que voto na urna, o dele pode ser até que chegue. Agora, ele tem a condição de em cima do palanque pedir voto para um e pedir voto para adversário, isso tá prática não vai acontecer, minha gente”, disse .**
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