OPAM PEDE SOCORRO: Imagens são de ‘partir o coração’, exceto para o prefeito de Guarabira

Não é a primeira vez que o Caderno de Matérias faz uma publicação sobre o trabalho da OPAM em Guarabira (PB), ONG que, sem sombra de dúvida, presta um relevante serviço social de acolhimento e assistência a animais abandonados na cidade. Quando alguém no município tem informação ou se depara com animais em situação de risco, a primeira atitude é comunicar ou chamar a OPAM, como se ela tivesse sede própria, espaço suficiente, obrigação e recursos para abrigar e custear a alimentação, exames e medicação de animais.

A OPAM existe graças a doações e ao trabalho voluntário. Mas os recursos são insuficientes para suprir as necessidades. Os posts da ONG nas redes sociais são de ‘partir o coração’. Dói ver animais mutilados e com problemas de saúde, sofrendo, sem voz para pedir ajuda; dependendo, apenas, das pessoas de bom coração para defendê-los e acolhê-los em abrigos temporários, por exemplo. Apesar de tudo, a atual gestão ignora: parece que se dependesse do prefeito, gatos e cachorros sofreriam à mingua até morrer nas ruas de Guarabira.

Conforme apuração, vários apelos já foram feitos à atual gestão pelos voluntários da OPAM. Um dia desses, eu ouvi o radialista Célio Alves, que também gosta de animais, fazendo um comentário sobre o assunto e sugerindo uma solução em seu programa de rádio aos sábados, porém a gestão, numa demonstração de desinteresse pela causa animal, ignora os apelos e os pedidos de ajuda. Tamanha é a falta de sensibilidade do prefeito Marcus Diogo (PSDB), que deve achar os R$ 1.500 reais que PMG doa por convênio, suficientes para manter o trabalho.

Esse valor repassado pela prefeitura é pouco e não é suficiente. No entanto, é mais do que necessário. E se o gestor tem dúvidas, deveria, pelo menos, fazer uma visita e conhecer, de perto, o abrigo e o trabalho dos voluntários da OPAM.

A OPAM precisa de ajuda. E também de um local para abrigar os animais, pois a residência onde funciona a sede é numa área urbana e está para ser vendida. A ONG, inclusive, já está de sobreaviso para desocupação a qualquer momento. Se isso ocorrer, o que vai ser dos animais? Os R$ 1.500 reais que a prefeitura repassa só dá para pagar o aluguel e uma parte da ração – não é suficiente, portanto, para despesas com medicamentos, veterinário, viagens para Areia, ração e produtos de higiene, por isso a colaboração das pessoas é fundamental.

O desprezo do prefeito pela causa dos animais de rua coloca em risco a saúde pública no município. Sem a castração, não há controle sobre a reprodução dos animais. Muitos são abandonados no mercado público. Sem destino e desabrigados, eles causam transtorno no trânsito, são atropelados ou simplesmente adoecem, contaminam outros e quando morrem são ‘descartados’ no lixo, podendo contaminar o solo – afinal há algum local específico para ‘enterrá-los’?

O blog apurou que o gestor já mandou comprar um castramóvel. Se a gestão mandou comprar é porque os recursos estão garantidos; e se há recursos, por que está demorando tanto receber o veículo – mandaram fabricar? E o centro de zoonoses que ‘só existe no papel’, quando vai ser colocado em prática?

Eu sei que na esfera pública há muita burocracia – e o prefeito Marcus costuma culpá-la pela ‘inércia’ de sua gestão. Entretanto, há também a falta de interesse, que considero ser a maior resistência à causa animal em Guarabira.

Não dá para entender que a ‘rainha do brejo’ ainda não dispõe de uma clínica veterinária e, sequer, de um centro de zoonoses; quando um município menor como Solânea já dispõe de uma clínica municipal, afinal o prefeito de lá não é insensível como gestor guarabirense.

Minha solidariedade aos voluntários da OPAM, pelo trabalho; e também pelas críticas que às vezes recebem por não terem como atender uma solicitação, justamente, pela falta de recursos e espaço. Não é fácil, imagino…

Ainda quero aproveitar este espaço para agradecer aos veterinários, que dão apoio; e aos colaboradores, como Junior Ferreira, que estão sempre doando: ração, remédios, produtos de higiene e até dinheiro. Continuem, pois o trabalho da OPAM é sério.

E se alguém tem dúvidas, que procure conhecer ‘o abrigo’. E chame o prefeito Marcus que também não conhece o local.

Atualmente, a OPAM abriga 19 cães e outros estão em lares temporários. E são 20 gatos no abrigo. Faça uma adoção responsável! Ter um animalzinho faz bem. O amor que você dá, eles retribuem. #Opinião

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