Eu não gosto de “obituário”. No entanto, devo fazer esse registro aqui. Lamentavelmente, o jornalista Ricardo Anísio (64) morreu na manhã deste domingo (17), em João Pessoa. Ele havia sido internado em virtude de uma infecção urinária que se agravou para uma pneumonia, e não resistiu.
Segundo familiares, Ricardo, que também era poeta e critico musical, já vinha apresentando um quadro aparente de Alzheimer e estava bastante debilitado ultimamente, tanto que os médicos já alertavam à família de que a situação era irreversível.
Escritor e também colunista, Anísio começou a se interessar por música ainda na adolescência, quando conheceu artistas como, por exemplo, Geraldo Vandré, Vital Farias, Zé Ramalho e Cátia de França. Foi a partir daí que passou a escrever sobre o tema, conforme o G1PB.
Durante sua carreira profissional, assinou colunas em vários jornais paraibanos e em emissoras de rádio do Estado. Eu o conheci quando ele escrevia no extinto Jornal O Norte, dos Diários Associados – escrevia bem e era ácido em seus textos.
Alguns de seus poemas foram musicados.
Como escritor, ele publicou “Canção do caos”, “Simulacro”, “MPB de A a Z”, “Crônicas musicais”, “Equiláteros” e “Forró de Cabo a Rabo”. Li quase todos, mas o único que adquiri logo no lançamento foi o de “crônicas musicais”.
A API emitiu nota de pesar. E vários jornalistas lamentaram por sua morte.
Ricardo Anísio era de uma geração de jornalistas que, realmente, sabiam o que estavam escrevendo. E como crítico musical, era amado por uns e “odiado” por outros, pois nem sempre seus textos agradavam pela ‘acidez de sua análise’.
Ainda na sexta-feira, estávamos eu e ativista cultural Jocelino, de Caiçara, comentando sobre o jornalista Ricardo Anísio durante o lançamento do novo livro de Gilson Souto Maior, em Guarabira.
Descanse em paz, Ricardo… Suas crônicas me serviram de referência. #Opinião