Tem gente que critica o CADERNO DE MATERIAS e o IV PODER, por alguns editoriais contrários ao presidente Lula. Por outro lado, há quem acesse o blog e minha coluna no Orelo, justamente, pelas análises responsáveis, pontuais e necessárias publicadas ‘na caixa preta de opinião’, sobretudo quando os editoriais analisam declarações do petista, como este que você está lendo.
Ao ser questionado sobre os critérios de indicação para a Suprema Corte, Lula deixou claro que não fará escolha pelo gênero e nem pela cor. Novidade? Não. As escolhas dele nunca tiveram a ver com gênero e cor. Segundo o presidente, o indicado – ou indicada -deve “atender as expectativas do Brasil” e votar “adequadamente”.
“Não precisa perguntar essa questão de gênero ou de cor. Eu já passei por tudo isso. No momento certo vocês vão saber quem eu vou indicar. Eu pretendo indicar a pessoa mais correta que eu conhecer e a pessoa que eu tenho mais fé de que vai ser uma grande pessoa na Suprema Corte, que é isso que o Brasil está precisando”, afirmou.
Não se sabe, no entanto, de qual Brasil o chefe da nação estava falando, pois o país continua dividido entre lulistas e bolsonaristas; esquerda e direita; conservadores e “anarquistas”; e, como pouco se avançou no sentido de pacificar a nação, talvez ele tenha dado essa declaração pensando “no Brasil” dos seus asseclas.
Eu não acredito que os ministros do Supremo Tribunal Federal votem induzidos pela imprensa. Agora, eu imagino quem gostaria de mandar no voto dos ministros: o próprio Lula da Silva.
Não foi ele que defendeu menos transparência ao afirmar que a sociedade “não tem que saber” como votam os membros do STF – após pressão sobre Cristiano Zanin por um voto proferido?
Eu não confio em quem não sustenta a palavra, relativiza a democracia, minimiza ditaduras e sugere menos transparência.
Muitas escolhas são tomadas conforme conveniência. E questões de cor e gênero, por exemplo, só convém ao Lula na hora do voto. #Opinião
