O governo federal não apresentou ao Supremo Tribunal Federal (STF) as supostas provas de que houve fraude nas eleições de 2014 e de 2018. A ação que solicita a apresentação de evidências foi protocolada pela Rede Sustentabilidade, após as recentes declarações de Jair Bolsonaro (sem partido) sobre o sistema eleitoral.
Caso o governo não se manifestasse em até 10 dias, deveria pagar uma multa de até R$ 100 mil, conforme determinou o ministro Gilmar Mendes. O partido que protocolou a ação acusa o presidente de tentar descredibilizar o sistema eleitoral, diante da possibilidade de ser derrotado nas eleições do próximo ano.
“A eventual concessão da tutela representaria uma imediata restrição a direitos fundamentais do impetrado (obstáculo inaceitável à livre manifestação do pensamento), sem, contudo, estar minimamente lastreada em prova pré-constituída”, diz o texto.
O documento defende que a ação pode transformar o tema em um dogma. “Impõe registrar que deferir a pretensão do impetrante necessariamente transmitirá à sociedade um inequívoco sinal de que a mera possibilidade de levantar discussões sobre os aspectos que permeiam o sufrágio eleitoral são um dogma insusceptíveis de qualquer discussão e aprimoramento, o que seria verdadeiro absurdo.”
A resposta à ação também alega que a Rede não teria legitimidade para mover o processo, e que não há documentação que prove as violações do presidente. “A ‘prova’ do impetrante se dá por retórica de cunho político e a partir de ilações obtidas junto à mídia, sem, portanto, qualquer suporte documental efetivo.” #Política
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