CORONAVÍRUS: Pela primeira vez, Brasil supera 4 mil mortes diárias por Covid-19

Pela primeira vez desde o início da pandemia, o Brasil superou a marca de 4 mil mortes diárias causadas pela Covid-19, registrando 4.195 novos óbitos nas últimas 24 horas. Com isso, o total de vítimas fatais da doença foi para 336.947. No mesmo período, foram contabilizados 86.979 novos casos de Covid-19, elevando o total de infectados pelo novo coronavírus (Sars-Cov-2) e suas variantes para 13.100.580. A média móvel de mortes da doença nos últimos sete dias voltou a subir, indo para 2.757, assim como a média móvel de novos casos de Covid-19, que aumentou para 63.210. Os dados foram divulgados pelo Conselho Nacional de Secretários Estaduais de Saúde (CONASS) com atualização de boletim feita às 18h desta terça-feira, 6.

Com os dados, o Brasil segue sendo o segundo país mais afetado pela pandemia em números absolutos, sendo superado apenas pelos Estados Unidos, que somam 30,8 milhões de casos e 556 mil mortes pela Covid-19. Os indicadores continuam mostrando tendência de avanço da pandemia. A taxa de mortalidade aumentou e foi para 160,3 a cada 100 mil habitantes, enquanto que a taxa de incidência chegou a 6.234 a cada 100 mil habitantes. Por sua vez, a taxa de letalidade seguiu estável em 2,6%. Em números absolutos, com 2.554.841 casos e 78.554 mortes, São Paulo segue sendo o Estado mais atingido pela pandemia. Já em termos relativos, o Amazonas tem a pior taxa de mortalidade (292,8 a cada 100 mil habitantes) enquanto que Roraima detém a pior taxa de incidência (14.953,4 a cada 100 mil habitantes).

Estado de São Paulo também registrou hoje o maior número de óbitos diários por Covid-19 desde o início da pandemia. Só nas últimas 24 horas, 1.389 pessoas morreram em decorrência da doença. Até então, o maior registro de mortes em um único dia havia sido de 1.209 na última terça-feira, 30. Segundo a Secretaria de Saúde do Estado, o recorde tem números acumulados desde o feriado da última sexta-feira, 2, quando habitualmente são registrados menos óbitos. Não foi informado pelo Ministério da Saúde se o mesmo ocorreu com os números totais do país.

Níveis críticos devem continuar no mês de abril

O país ultrapassa a marca das 4 mil mortes diárias no dia em que a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) divulga um boletim extraordinário afirmando que a pandemia deve continuar em níveis críticos ao longo de todo o mês de abril, o que tem chances de prolongar a crise sanitária vivida atualmente com falta de leitos de UTI e milhares de mortes diárias. O grupo de pesquisadores responsável pelo estudo defendeu que devem ser adotadas e continuadas medidas urgentes para conter a transmissão e aumento do número de casos, como a adoção de bloqueios sanitários ou lockdowns, o que vem sendo implementado em alguns estados brasileiros desde o fim de fevereiro.

Outras medidas defendidas no documento são: proibição de eventos presenciais, suspensão de atividades educacionais presenciais no país, toque de recolher nacional das 20h às 6h, fechamento de bares e restaurantes, adoção do trabalho remoto e ampliação da testagem e acompanhamento de casos. Os pesquisadores pediram ainda união entre os Poderes (Executivo, Judiciário e Legislativo) e suas diferentes instâncias (municipal, estadual e federal) no combate à pandemia. “Coerência e convergência são fundamentais neste momento de crise para que as medidas de bloqueio sejam efetivamente adotadas de forma a sair do estado de colapso de saúde e progredir para uma etapa de medidas de mitigação da pandemia, diminuindo o número de mortes, casos e taxas de transmissão e efetivamente salvando vidas”, afirmou o grupo.

Nesta segunda, o Brasil bateu pela primeira vez a meta diária de imunização estipulada pelo ministro Marcelo Queiroga e aplicou 1 milhão de doses da vacina contra a Covid-19 em um dia, número que deve ser registrado novamente nesta terça. Durante a tarde, o presidente Jair Bolsonaro ligou para o presidente da Rússia, Vladimir Putin, para tratar da aquisição de doses do imunizante Sputnik V para o país. Até o momento, o Brasil só tem autorização de uso emergencial dos imunizantes de Oxford, do Instituto Butantan e da Janssen; o país também tem registro definitivo para uso da vacina da Pfizer, que não é distribuída em massa até o momento. #Cotidiano

JOVEM PAN

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