A cidade de Guarabira (PB) não vai bem, mas dizem que o grupo político de Toscano, que inclui o prefeito Marcus Diogo (PSDB), está unido e confiante. Pouco se comenta, no entanto, que há expectativas e ‘frustração’ em aliados acerca do nome que vai compor a chapa encabeçada pela ex-prefeita Léa Toscano – possível candidata a sucessão municipal em outubro de 2024 pelo ‘ninho tucano’. Antes de continuar, chamo sua atenção: pare de romantizar a política e comece a vê-la como um ‘jogo’, cujos times são compostos, relativamente, pelos “melhores jogadores”. Eu diria que o escolhido para ser vice de Léa deve ser um ‘bom jogador’.
Sei que alguns nomes gostariam de preencher a vaga de vice, porém, para ser breve, vou focar em, apenas, três: Raimundo Macedo, Wilsinho e Deda Claudino. O primeiro tem ‘currículo público’, não é tão simpático, mas é influente, flexível e de uma ‘fidelidade canina’ aos Toscano, no bom sentido. O segundo também tem currículo, palavra, é de grupo, simpático, influente, porém segue uma linha de mais “autonomia”; quase sempre tem uma ‘carta na manga’ e, politicamente, não costuma dar ‘tiro no pé’. Já o terceiro, é filho do povo e conhece a realidade de perto; é empresário bem sucedido e aliado do prefeito Marcus Diogo.
Professor disciplinado e ‘afiado’ no português, Raimundo Macedo é um nome forte – natural de Sapé, ele tem a confiança da família Toscano, mas, penso que isso não é suficiente para ocupar a chapa como vice de Léa nesse momento. Além da influência – sobretudo, na zona rural do município -, ele já foi secretário de Educação, está no segundo mandato de vereador, e, atualmente, preside a Casa Osório de Aquino sucedendo o vereador Wilson Filho, que, também, dá sustentação à gestão do prefeito Marcus Diogo.
Wilsinho é filho de empresários e de família influente. Como vereador, fez parte do grupo Paulino, rompeu e passou a apoiar as lideranças do bloco de situação. Além da experiência como vereador, acumula no currículo sua passagem como presidente da Câmara e candidato a deputado federal; é bem relacionado e tem a confiança do deputado federal Wellington Roberto (PL), pelo qual destinou muitas emendas para a cidade de Guarabira.
Por enquanto, Deda Claudino destaca-se pelo seu crescimento empresarial e por sua visão de mercado – é um nome que contribui muito e pode contribuir mais com a economia. Embora seja bem relacionado e tenha sido candidato a federal na eleição de 22, nunca ocupou cargo eletivo e ainda não alcançou, por exemplo, a ‘fidelidade canina’ de Macedo junto à família Toscano e nem a experiência política de Wilsinho, para somar e gerar valor na chapa.
No jogo político, as escolhas devem ser estratégicas. Minha análise, portanto, é em cima disso.
Não ignoro sinais: Raimundo pode ser o escolhido – ou será outro nome. Entretanto, acho que, dessa vez, a vaga tem mais a ver com o Wilsinho, que além de estar aparecendo, frequentemente, ao lado da possível candidata e do próprio prefeito, tem uma relação política com Wellington Roberto, que traz resultados para Guarabira; também tem contato com empresários – são pontos que lhe favorecem e o habilitam para o cargo, unindo “experiência e juventude”.
“Amanhã” saberemos se o que vai prevalecer para ocupar a vaga de vice é a ‘confiança’ ou a ‘influência política’. #Opinião
