OPINIÃO: A Igreja não está fechada. Ela nunca esteve tão aberta para acolher e servir como agora

Imagem ilustrativa da internet

Vivemos dias difíceis. Como se não bastasse o fardo diário, ainda estamos enfrentando uma crise sanitária e econômica sem precedentes. Milhares de vidas padecem todos os dias no mundo em virtude da pandemia do novo coronavírus. Outras tantas, pelo mesmo motivo, perdem o emprego e a esperança. A transmissão do vírus ocorre, principalmente, pela aglomeração, por isso ela deve ser evitada nos espaços públicos, inclusive nas igrejas.

Eu sou cristão e membro de uma denominação religiosa séria, e entendo que, nesse momento, conforme sugere o decreto estadual, as reuniões nos templos devem ser suspensas na Paraíba. E isso não tem nada a ver com fechar igrejas, como alguns líderes insensíveis e, até certo ponto irresponsáveis, andam dizendo por ai, politizando um discurso em meio à situação caótica que tem desafiado o Brasil e mundo a voltarem ao normal.

Muitas vezes, as pessoas que são contra a suspensão temporária das atividades nos templos são aquelas que só frequentam aos domingos – quando vão – e abandonam os cultos da semana, entre eles as reuniões de oração, por exemplo, realizadas com templos quase vazios. De fato, as igrejas têm cumprido o protocolo e não têm gerado aglomeração. Ainda assim, como disse o pastor Estevam Fernandes, da 1º Igreja Batista de João Pessoa, é preciso ter bom senso.

Os templos, momentaneamente, foram fechados na PB, porém a Igreja nunca esteve tão aberta para acolher e servir como agora. Assim como a Igreja é viva, Deus, por sua vez, nunca esteve limitado a templos físicos. E não será dessa vez que Ele estará. Portanto, antes de reproduzir um discurso populista, avalie como tem sido a sua rotina com Deus e tenha um pouco de empatia, se colocando no lugar dos outros. Pare um pouco para que a vida não pare.

Eu destaco aqui também a decisão tomada pelo arcebispo da Paraíba Dom Manoel Delson, de manter, temporariamente, suspensas as celebrações presenciais “para evitar que vidas sejam ceifadas” e em solidariedade aos enfermos e profissionais de saúde. Portanto, com todo respeito a você que pensa diferente, eu observo que acatar o decreto proposto pelo governador não é estar submisso ao Estado, mas uma forma de cooperação com as autoridades.

A situação já é de caos. E se não houver uma resposta mais eficiente para conter o avanço do vírus no país com a colaboração de todos, vamos assistir a um caos absoluto no sistema de saúde e na economia. Ainda não há vacina para todo mundo. No entanto, parte da população insiste em ignorar as recomendações das autoridades e os decretos, gerando aglomeração, e contribuindo para a propagação do ‘inimigo invisível’ que mata todos os dias.

Uma coisa é certa: a disciplina devocional de fé deve ser uma atividade diária essencial às nossas vidas, e não apenas nos templos! Tem sido na sua? Por enquanto então, dá para orar e rezar de casa, é possível estar em comunhão pela internet, assim como ofertar e dizimar virtualmente. A assistência social das igrejas não está impedida de acontecer. A visitação pastoral também, salvo em algumas exceções – quando líderes estão no grupo de risco, por exemplo.

Nesta terça-feira (09), o Brasil bateu um novo recorde: 1.972 mortos em 24 horas. E 268 mil óbitos no total no país. Não são números estatísticos, são vidas perdidas. A Covid-19 mata! Cuidado para não se acostumar com o número de mortes divulgado diariamente no noticiário: no rádio e na tevê. Cuidado também para não ser vítima. Use máscaras, evite aglomeração, mantenha a higienização das mãos – lavando com água e sabão, e usando álcool em gel.

Nós vamos vencer essa pandemia. Faça sua parte, então. #Opinião

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