OPINIÃO: Interino e sem maturidade

Inicialmente, eu quero dizer que não tenho ‘rabo preso’ com ninguém. Perdoe-me pela expressão com a qual inicio meu artigo hoje. Mas é fato. Politicamente falando, como qualquer cidadão, eu também tenho minhas opiniões. Como profissional, as expresso quando acho necessário: no rádio e, principalmente, neste espaço pelo qual respondo desde 2007.

Quando escrevo sobre a política da minha cidade, por exemplo, busco me dirigir, apenas, ao agente público – nunca vou pelo lado pessoal. Desde cedo aprendi a “dividir essas coisas”: e saber que quem pensa diferente não deve ser, necessariamente, considerado ‘inimigo’, pois quase sempre há algo em comum entre as duas partes – entre os diferentes. Na política também deveria ser assim.

Respeito e educação independem da condição social e financeira das pessoas. Entendo que essas demonstrações tem a ver com o que as pessoas realmente são e aprenderam em casa e na escola – se houve aprendizado. Tem a ver com o elas têm a oferecer. Como diz o fragmento bíblico em Mt 12: 34, “a boca fala do que o coração está cheio”: a gente só dá o que tem.

Eu, por exemplo, aprendi a escrever no Colégio da Luz. E aqui estou.

Dito isto, reitero meu respeito ao cidadão Marcus Diogo e me dirijo ao prefeito interino homônimo. Sim, a minha crítica é dirigida ao agente público que ocupa a chefia do executivo da minha cidade, que talvez não esteja preparado para a função que ocupa e, quem sabe, para disputar o poder público local. Falta-lhe de maturidade, avalio. Maturidade política.

Justifico a minha avaliação a seguir. E o faço por aqui por considerar o meio mais viável neste momento.

Logo no começo da pandemia quando mototaxistas locais buscavam saber se poderiam dispensar o uso do capacete por parte do passageiro sem serem advertidos pelos agentes de trânsito, eu busquei uma fala do então prefeito. Deixei claro que seria para um post no blog, mas a resposta dele não foi clara o suficiente e me deixou ainda mais confuso.

A resposta nem foi clara e nem foi em um ‘tom amistoso’, considerando contatos anteriores sobre os quais nada tenho a declarar. Como o gestor não me respondeu com clareza, eu evitei aumentar a confusão e essa pauta ‘caiu’ – não quis insistir e nada postei sobre o assunto. Achei estranha a reação do prefeito, dono de um colégio, mas fiquei imaginando o motivo da indiferença…

Nesta segunda-feira (20), novamente, estranhei a deselegância do gestor em não me cumprimentar durante uma entrevista no rádio, como faz a grande maioria dos entrevistados ao se dirigir ao operador de áudio, função que eu ocupava no momento. Sequer ele dirigiu o olhar para mim. E que fique claro: não estou cobrando atenção – só registrando a deselegância da gestão para comigo.

Estamos em um ano eleitoral, onde os ânimos acirrados muitas vezes comprometem relações. Em Guarabira, por exemplo, já houve tempo em que se você fosse fotografado ao lado de uma liderança política “incomum” ao poder, ou ao contrário disso, seria, no mínimo, “advertido”… Coisas da política pequena que geralmente ocorre nas cidades de interior.

Pensei que Guarabira tivesse superado esse tempo. Mas parece que me enganei. Contudo, independente da função que eu esteja ocupando e do serviço prestado – no rádio, no site ou colaborando com um projeto de alguém que seja “incomum” a quem está no poder, por exemplo – nada disso vai comprometer minha relação de amizade e respeito a quem pensa diferente de mim.

Sinceramente, eu esperava a mesma maturidade da parte do prefeito Marcus Diogo, com quem um dia conversei demoradamente após uma entrevista que ele me concedeu. E tudo que conversamos, acredite: não passou das portas do estúdio. Nem vai passar – eu sou um profissional.

Por fim, acrescento: nessa “briga de gigantes” eu escolhi apenas estar de um lado. Da mesma forma, ele tem outros ao lado de si. Não me senti constrangido na presença do prefeito durante sua entrevista, mas ele não se sentiu nada à vontade com a minha presença ali. Deixou claro.

É com esse comportamento que o senhor pretende pedir voto ao eleitor guarabirense, prefeito? Eu também voto nessa cidade e poderei um dia, quem sabe, votar no seu nome. A roda gira… Maturidade, prefeito Marcus! Quem sabe assim o senhor aprende a conviver com as diferenças. #Opinião

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