VIOLÊNCIA: Comissão mostra relatos chocantes de vítimas de abusos de padres em Portugal

Basílica em Lisboa. Comissão aponta que igreja Católica abusou de quase 5 mil crianças desde 1950 -  (crédito: PATRICIA DE MELO MOREIRA / AFP)

Os relatos das vítimas de abusos sexuais na igreja católica em Portugal são chocantes. Não por acaso, lágrimas escorreram dos olhos de vários dos presentes na apresentação da longa pesquisa feita pela Comissão Independente que mergulhou nos arquivos liberados pela Conferência Episcopal Portuguesa. Uma das histórias mais terríveis foi contada por uma mulher nascida nos anos de 1940. Ela, que enviou um e-mail escrito por uma sobrinha, disse que presenciou o irmão, então com 13 anos, ser violentado por um padre, de cerca de 40 anos, na casa da família dos garotos. O religioso visitava a mãe dos meninos, que havia ficado viúva.

“O meu irmão faleceu agora. Penso que ele nunca contou nada do que eu vi. E o que eu vi não foi bonito, e não posso ir para o outro mundo, falecendo, e carregar comigo este segredo. Uma vez, na tal casinha que havia no quintal, vi algo estranho e, quando lá fui espreitar, estava o meu irmão, coitadinho, ele era muito bonito e perfeito, branquinho de pele, despido de calças e roupa de baixo e o padre, meio que no chão, a pôr o órgão dele na boca (do menino). Nunca tinha visto na vida essas coisas. Pareceu tudo passar muito rápido, pois fugi com o olhar e, quando voltei a olhar, estava o meu irmãozinho, coitado dele o que sofreu, sei lá eu o que aquela alma pode ter sofrido, estava ele, agora, no chão como um animal e o padre por trás, a enfiar-se nele, e ele aflito de lágrimas de chorar.”

“Bicho de uma teta”

Com apenas 7 anos, F, nascida nos anos de 1970, filha de trabalhadores rurais, contou que ia se confessar todas as semanas na igreja da paróquia. O padre era um catequista, com posição de destaque na diocese, no Norte de Portugal, naquela altura, com cerca de 40 anos. Tratava-se da preparação da primeira comunhão. Era comum o religioso tocá-la “pelas pernas acima, até chegar onde queria, dizendo obscenidades”. Um dia, ele a incentivou a masturbar o próprio irmão, então com 13, 14 anos. Disse-lhe o padre: “Sabes que as mulheres têm de aprender a tirar leite dos homens? Como se faz às vaquinhas, nas tetas”.

Ele afirmava ainda que o irmão da menina “era como um bicho de uma só teta (em referência o seu órgão íntimo)”, e que ela “fosse lá mugir”. “E isso eu fiz certo dia, quando ele estava a tomar banho. Ele riu-se e, ao mesmo tempo ficou assustado, mas eu não sabia, juro mesmo, o que estava a fazer, só dizia que o senhor padre queria que eu lhe tirasse o leite (esperma)”, contou. O irmão, então, lhe perguntou quem havia falado com ela sobre aquele ato. A menina revelou que havia sido o padre. “Nunca mais há de fazer isso”, ordenou o jovem.

“O meu irmão faleceu agora. Penso que ele nunca contou nada do que eu vi. E o que eu vi não foi bonito, e não posso ir para o outro mundo, falecendo, e carregar comigo este segredo. Uma vez, na tal casinha que havia no quintal, vi algo estranho e, quando lá fui espreitar, estava o meu irmão, coitadinho, ele era muito bonito e perfeito, branquinho de pele, despido de calças e roupa de baixo e o padre, meio que no chão, a pôr o órgão dele na boca (do menino). Nunca tinha visto na vida essas coisas. Pareceu tudo passar muito rápido, pois fugi com o olhar e, quando voltei a olhar, estava o meu irmãozinho, coitado dele o que sofreu, sei lá eu o que aquela alma pode ter sofrido, estava ele, agora, no chão como um animal e o padre por trás, a enfiar-se nele, e ele aflito de lágrimas de chorar.”

“Bicho de uma teta”

Com apenas 7 anos, F, nascida nos anos de 1970, filha de trabalhadores rurais, contou que ia se confessar todas as semanas na igreja da paróquia. O padre era um catequista, com posição de destaque na diocese, no Norte de Portugal, naquela altura, com cerca de 40 anos. Tratava-se da preparação da primeira comunhão. Era comum o religioso tocá-la “pelas pernas acima, até chegar onde queria, dizendo obscenidades”. Um dia, ele a incentivou a masturbar o próprio irmão, então com 13, 14 anos. Disse-lhe o padre: “Sabes que as mulheres têm de aprender a tirar leite dos homens? Como se faz às vaquinhas, nas tetas”.

Ele afirmava ainda que o irmão da menina “era como um bicho de uma só teta (em referência o seu órgão íntimo)”, e que ela “fosse lá mugir”. “E isso eu fiz certo dia, quando ele estava a tomar banho. Ele riu-se e, ao mesmo tempo ficou assustado, mas eu não sabia, juro mesmo, o que estava a fazer, só dizia que o senhor padre queria que eu lhe tirasse o leite (esperma)”, contou. O irmão, então, lhe perguntou quem havia falado com ela sobre aquele ato. A menina revelou que havia sido o padre. “Nunca mais há de fazer isso”, ordenou o jovem. #Cotidiano

CORREIO BRAZILIENSE

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